A Comissão para Agricultura
(COAG) da FAO abrirá, em 25 de janeiro de 1999, sua 15ª Sessão com
uma agenda que destaca algumas das principais questões enfrentadas
pela agricultura nesta virada de século:
-
Biotecnologia
-
Agricultura orgânica,
-
AGRICULTURA
URBANA
-
Monitoramento
dos recursos da terra e da água
serão muito discutidos.
O novo secretário da Comissão, Eric Kueneman, descreve o COAG como
"uma espécie de comitê consultivo técnico de alto nível".
O COAG inclui os três departamentos que estão diretamente ligados
às questões agrícolas e de alimentação: departamento de Agricultura,
o Econômico-Social, e o de Desenvolvimento Sustentável. O COAG se
reúne a cada dois anos e são esperados delegados de 98 países para
a sessão de 1999.
A reunião irá recomendar prioridades e iniciativas para a FAO com
relação a essas quatro questões. Com respeito à biotecnologia - uma das questões agrícolas
hoje mais discutidas - a FAO está buscando captar maior simpatia
para o potencial positivo das novas técnicas para "melhorar a produtividade
da agricultura para o presente e para o futuro". Mantendo seu foco
nas necessidades dos países em desenvolvimento, a FAO destaca que
"as pesquisas e políticas em biotecnologia também buscam atender
as atender as necessidades dos pobres que dependem da agricultura
para manter suas existências......" (Biotechnology in agriculture)
A produção da agricultura orgânicaé
muitas vezes considerada como artigo de luxo, mas sua demanda
só tem crescido, mundialmente. Mercados para "alimentos verdes"
já estão bem estabelecidos nos países desenvolvidos - 10% dos alimentos
consumidos na Áustria são orgânicos - e novos mercados estão se
abrindo também nos países em desenvolvimento. A FAO está trabalhando
para harmonizar as regulamentações e critérios para comercialização
e para apoiar os produtores nos países em desenvolvimento em seus
esforços para ganhar acesso a esses novos mercados. (Organic farming)
Praticar agricultura dentro ou em volta das cidades e metrópolis
- AGRICULTURA URBANA e
peri-urbana - é outro fenômeno em expansão, particularmente nos
países em desenvolvimento onde os sistemas urbanos de suprimento
de alimentos não são acessíveis a toda a população. Os moradores
urbanos estão cada vez mais suplementando sua alimentação diária
e reforçando seus orçamentos domésticos ao cultivarem seus próprios
alimentos, onde for possível. Criação de vários tipos de animais,
nas áreas peri-urbanas também vai se tornandocada vez mais comum.
(PhotoFile
on Urban and peri-urban agriculture)
A FAO está destacando a necessidade de "políticas e planejamentos
específicos" para administrar as questões ligadas à agricultura
urbana, e enfatizando que ela não deve ser desenvolvida em competição
com a agricultura rural, "mas deve se concentrar em atividades nas
quais ela tem uma vantagem comparativa, tal como na produção de
alimentos perecíveis, frescos. (Issues
in urban agriculture)
Durante o século 20, o consumo global de água doce aumentou duas
vezes mais rapidamente que o crescimento da população. A agricultura
irrigada utiliza cerca de 70% da água doce consumida e acima de
90% em certos países em desenvolvimento mais áridos. Mas a expansão
da irrigação já está em declínio porque os recursos aquíferos são
limitados. O monitoramento acurado dos recursos hídricos e da terra
é vital para para o desenvolvimento de uma agricultura sustentável.
A FAO prevê que as terras dedicadas à produção de colheitas aumente
em estimadamente 5% até o ano 2010", mas avisa que "as novas terras
agriculturadas tendem a ser conquistadas em ecossistemas frágeis
como em florestas e pântanos, ou mesmo em áreas protegidas, e esse
processo requer monitoramente cuidadoso e medidas políticas que
revertam as tendências prejudiciais." (Monitoring land and water)
22 de janeiro de 1999
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